Os últimos anos representaram um grande avanço na acessibilidade da cidade do Rio de Janeiro. Com o advento das Olímpiadas e Paraolimpíadas Rio 2016, a cidade investiu muitos recursos e um grande esforço na missão de se tornar um exemplo de acessibilidade, principalmente nos principais pontos turísticos e nos locais onde serão realizados os jogos.

Dentre os meios de transporte público podemos destacar o mais novo equipamento da cidade, o VLT, que chega atendendo um grande número de itens voltados a acessibilidade. Veja abaixo os principais meios de transporte e a acessibilidade disponível em cada um.

 

VLT

“A Prefeitura quer fazer do VLT, um exemplo de como devem ser todos os transportes”, a frase dita pelo secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, reflete o compromisso da cidade com a acessibilidade.

Para os deficientes físicos cadeirantes ou com limitação motora existem facilidades como o botão que prolonga o tempo de abertura das portas que permite o deslocamento no tempo necessário para evitar acidentes, as estações e paradas do VLT ficam a cerca de 20 cm de altura, niveladas com as composições, e são dotadas de rampas suaves e antiderrapantes que facilitam o acesso de pessoas com deficiência. As plataformas contarão com linha de piso tátil (próprio para portadores de deficiência visual) em toda a sua extensão e rampas de acesso suaves e antiderrapantes.

Internamente, todas as composições contam com local específico para cadeirantes com cinto de segurança e sem prejuízo a outros assentos. Sinalização, validadores e acionamento de portas estão em alcance adequado, conforme determina as normas nacionais de acessibilidade.

 

Metrô

O metrô é outro exemplo de transporte público que vem se esforçando nos últimos anos para melhoria de sua acessibilidade. Hoje já conta com itens como Piso Podotátil (recurso para indicação de caminho para deficiente visual através do tato e por contraste de cores), Marcação Braille e Anéis de Corrimão (recurso para indicar ao deficiente visual o término e início de escadas), Mapas em Braille (mapas para deficientes visuais que funcionam pelo tato e pelo contraste de cores e auxiliam no conhecimento da arquitetura da estação pelo deficiente), Marcação Cadeira de Rodas (indicação no piso do embarque do cadeirante e são instalados na 1ª porta do primeiro vagão e na última porta do último vagão), Marcas Assentos Prioritários e Placa Sinalização Vertical (indicação de assentos prioritários na plataforma de embarque: idoso, deficiente físico, gestante) em todas as estações da linha 1 e linha 2.

Além dos itens listados acima o Metrô ainda disponibiliza Rampas, Elevadores e Plataformas Verticais em algumas estações. Mas ainda há muito trabalho a fazer. As estações mais antigas e movimentadas, principalmente na área central da cidade ainda apresentam sérios impedimentos nas várias entradas para cada estação, obrigando ao deficiente físico cadeirante, principalmente, a depender da ajuda de estranhos para acessar as estações.

 

BRT

Os ônibus deste tipo também são recentes na cidade e grande parte do projeto já incluiu recursos de acessibilidade.

Os veículos são acessíveis: param no mesmo nível das estações, têm pisos antiderrapantes e sinalização sonora indicando as estações seguintes para pessoas com deficiência visual; e têm sinalização visual para pessoas com deficiência auditiva. Possuem espaços exclusivos para pessoas em cadeira de rodas, com a proteção necessária, além de assentos para pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes, obesos e pessoas com cão-guia.

As estações foram projetadas com rampas de acesso e piso tátil, além de catracas específicas para pessoas com deficiência e área de espera com acessibilidade.

 

Aeroportos

Também são um exemplo de adequação as normas de acessibilidade.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão – GIG) vem sofrendo constantes adequações, principalmente após 2014 quando as atividades de operação, manutenção e ampliação foram transferidas da Infraero para o RIOgaleão que providenciou grandes reformas e preparou o aeroporto para a grande movimentação das Olímpiadas Rio 2016. O aeroporto conta com mais elevadores com corrimãos, rampas de acesso, novas pontes de embarque climatizadas, pisos táteis de alerta nas rampas, nos elevadores e pelos terminais, assim como placas de braile, textos em relevo, pictogramas e avisos sonoros.

O Aeroporto Santos Dumont já foi premiado pelo Governo do Rio de Janeiro por suas instalações acessíveis. A Secretaria Municipal de Pessoas com Deficiência do estado criou um sistema de avaliação dos pontos turístico da cidade, onde o Santos Dumont foi o único contemplado com o selo Diamante, o mais completo das categorias definidas pelo site. O aeroporto possui rampas, elevadores acessíveis, piso tátil, balcões de informações e banheiros adaptados, vagas exclusivas no estacionamento para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, telefone público para surdos e 100% dos balcões de check-in acessíveis.

 

Táxis

Nem todos os táxis da cidade estão preparados para atender deficientes físicos, principalmente pela utilização de Gás Natural Veicular que ocupa uma boa parte da mala do veículo e, dependendo do modelo, pode comprometer o espaço para cadeira de rodas, além de uma pequena parcela de taxistas não se mostrar preparada para atender a tais necessidades. Mas através de aplicativos fica mais fácil a escolha de um táxi que melhor atenda às necessidades.

 

Trens

Acessibilidade não é o forte do transporte ferroviário da cidade. Somente algumas estações possuem uma acessibilidade razoável e em algumas vezes os equipamentos ainda deixam os usuários desamparados, dificultando muito a vida dos que precisam.

 

Ônibus

Os piores no quesito acessibilidade sem dúvida são os ônibus. A quantidade de ônibus preparada para acessibilidade não é suficiente, os que possuem dispositivos não raramente não funcionam direito ou estão completamente inoperantes, os pontos dos ônibus também não possuem o mínimo para o conforto do deficiente físico principalmente. Algumas boas almas aos volantes dos ônibus se propõe a ajudar e se esforçam para compensar a má condição dos equipamentos mas a grande maioria dos motoristas sequer dá o devido suporte ao usuário que necessita de um atendimento especial.