Conta-nos o Prof. Milton Teixeira, ilustre historiador de nossa cidade, que apenas oito meses depois de haver chegado ao Rio de Janeiro, em novembro de 1808, o príncipe Regente Dom João VI recebeu uma petição dos moradores da Lagoa e Botafogo solicitando a criação de uma paróquia nesta área da cidade. O motivo da petição deveu-se ao fato de que a igreja mais próxima onde os fiéis poderem praticar suas devoções, assistir a Missa e celebrar os sacramentos era a Igreja de São José, que ficava no centro, o que levava quase um dia de viagem, na época, para quem morava em Botafogo.

Após quase 06 meses de espera, em 12 de maio de 1809, foi expedido o Alvará Régio criando a nova Freguesia de São João Batista da Lagoa; no mesmo dia em que é designado por uma carta régia o primeiro pároco da nova Freguesia, o Reverendo Manuel Gomes Souto, cuja provisão, entretanto, só foi confirmada a 31 de julho. Finalmente, por um Edital do Bispo em 1º de agosto é executado o alvará, tendo o vigário tomado posse no dia 6 seguinte. Interessante notar que o nome do santo escolhido, São João, não foi por causa da devoção dos fiéis ou de solicitação do clero, mas para homenagear sua alteza real que também aniversariava neste dia. A nova freguesia ia do bairro da Lapa até a distante Gávea, passando por Lagoa, Ipanema e Copacabana, ou seja, toda a atual Zona Sul do Rio de Janeiro, portanto podemos dizer que a Igreja Matriz de São João Batista da Lagoa, por ser a primeira, é a "Igreja Mãe", de todas as demais Igrejas da zona Sul do Rio de Janeiro.

A Matriz recém criada precisava de um local para as celebrações e como ainda não havia um templo construído, o único local em condições de abrigar as celebrações era a antiga capelinha de Nossa Senhora da Conceição, erguida antes de 1732, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, mas que não estava em boas condições de conservação, o que veio a ser comprovado com seu desabamento ocorrido em 1826. Depois desta data o local do culto foi transferido para uma capela ainda menor situada na rua São Clemente. A situação começou a mudar em 1831, quando a 1º de maio o Comendador português Joaquim Marques Batista de Leão, o Marquês dos Leões, doou a Paróquia um terreno de 20 braças de frente por 80 de fundos (44 x 176m), na rua nova de São Joaquim, aberta pelo mesmo Leão em 1826 em terras de sua chácara e batizada em auto-homenagem e que em de 13 de maio de 1870 passou a chamar Rua dos Voluntários da Pátria, em homenagem aos brasileiros que se alistaram voluntariamente na guerra de 1864/70 contra o governo do Paraguai. No termo de doação especificava-se que ali se ergueria a nova Matriz.

Em 24 de junho de 1831 foi lançada a pedra fundamental do novo templo pelo Bispo do Rio de Janeiro, D. José Caetano da Silva Coutinho. O projeto original foi assinado pelo arquiteto Joaquim Bethencourt da Silva, que também é autor das plantas do Instituto Benjamin Constant e do Edifício do Centro Cultural Banco do Brasil, Cemitério São João Batista, entre outros. A construção, como todas a época, por suas dificuldades e falta de recursos se deu a passos lentos pois somente em 1836 foi inaugurada a Capela Mor e no ano seguinte a do Santíssimo, sendo a primeira procissão ocorrida em 1841.

Em 1858 o Major Beaurepaire Rohan abre a Rua da Matriz, fronteira a Igreja, com o argumento de dar maior realce ao frontispício.

Por volta de 1860, com a Igreja ainda em obras, o Vigário José Correia de Sá Coelho transferiu a pia batismal para a Matriz em construção, abandonando de vez a Capela da Rua São Clemente. Em 1862 assume a paróquia Monsenhor Francisco Martins do Monte, que conclui as obras de igreja em 1864, depois de 33 anos de construção.

Com o crescimento do bairro de Botafogo logo uma ampliação se fez necessária, e que foi iniciada em 1873. Construída em estilo neoclássico, a igreja apresenta uma bela e harmoniosa fachada composta que traz um primoroso trabalho de cantaria de pedra gnaisse bege da Pedreira do Morro da Viúva e que foi concluída em 1875.

A construção das torres foram iniciadas em 1877. Primeiro foram as obras da torre sineira do lado do Evangelho, logo depois foi a vez da torre da Epístola. Em 1880 ambas foram redesenhadas pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de Los Rios e completadas entre 1895 e 1900. Em 1907 foi colocado um relógio europeu na torre da Epístola, mas os três sinos da igreja só foram fundidos pelo Arsenal de Marinha e colocados nas sineiras em 1947. Em princípios deste século foi instalado na Matriz seu famoso órgão, considerado ainda hoje pelos especialistas como o melhor do Rio de Janeiro”.Como a Igreja não tinha torres, iniciou-se em 1877 sua construção sendo concluídas entre 1895 e 1900.

Ao concluir esse pequeno relato sem ter a preocupação do rigor científico que deve nortear a pesquisa de um historiador, mas apenas com o simples interesse pela busca dos acontecimentos que formaram a história de nossa paróquia, nos sentimos extremamente felizes e honrados em poder contar um pouco desta nossa rica história, escrita e vivida nesses mais de 200 anos por todos aqueles que por aqui passaram. Temos a exata noção da importância que teve nossa comunidade na evangelização não somente do bairro de Botafogo, mas também de toda a zona Sul do Rio de Janeiro (fonte: www.paroquiasjbatista.org).

Missas:

  • Domingo: 8:00h, 9:30h, 11:00h, 18:00h, 19:30h
  • Segunda-feira a Sábado: 8:00h, 18:00h

Veja a programação completa no site oficial.

pontos positivos
  • A recepção de sinal para celulares é boa
  • Banheiros
  • Estações para aluguel de bikes próximas a Igreja (mais informações em BikeRio)
  • Bancos, cadeiras ou locais para descanso
  • Existem algumas opções de quiosques, lanchonetes, restaurantes próximos a Igreja
  • Próximo a Igreja existem algumas opções de comércio (farmácias, lojas, mercados, etc)
  • A Igreja está localizado próximo a região de hotéis, hostels, pousadas e acomodações em geral
  • A segurança no interior da Igreja geralmente é razoável
  • Existem opções de Caixas Eletrônicos ou Bancos no entorno da Igreja
  • Fácil acesso com a utilização de transporte público

pontos negativos
  • Não possui acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes
  • Não possui bicicletário
  • Próximo a Igreja não existem ciclovias e/ou faixas compartilhadas, o que não impossibilita mas dificulta a visita para ciclistas
  • A segurança até o acesso a Igreja requer atenção - Por estar localizado no bairro de Botafogo, que sofre com a falta de segurança, é aconselhável ter atenção e evitar portar objetos de valor ou que possam chamar atenção, e muito dinheiro
  • Não possui telefone público

restrições
  • Não é permitida a entrada de animais domésticos

o que fazer
  • Conhecer um templo histórico que data de 1809
  • Assistir a missas

onde estacionar

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