Terça a Domingo de 8:00h às 17:00h
Gratuita
Não possui
Não possui
2 horas
Sim
Parque em área cercada. Não é recomendada a visitação em dias nublados ou chuvosos. É recomendado o uso de repelentes.

O parque, inaugurado em 1978, está localizado na zona oeste da cidade, no bairro Recreio dos Bandeirantes. Oficialmente chamado de Parque Natural Municipal de Marapendi, é mantido pela prefeitura do Rio.

Ocupando uma área de mais de 1.500.000 metros quadrados de áreas arenosas, manguezais e restingas, o parque se estende pela faixa litorânea entre os bairros do Recreio e Barra, ao redor da Lagoa de Marapendi, e atrai uma grande quantidade e variedade de vida silvestre, como jacarés-de-papo-amarelo, bichos-preguiça e garças.

O parque tem duas trilhas planas e fáceis de serem percorridas, conta ainda com brinquedos para crianças, áreas para piqueniques, visitas guiadas nas trilhas, e um Centro de Educação Ambiental (CEA) que oferece consultas técnicas, exposições, oficinas de arte e reciclagem, palestras e apresentação de vídeos.

pontos positivos
  • Sede administrativa e Centro de Visitantes
  • A recepção de sinal para celulares é boa
  • Acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e cadeirantes (rampas de acesso e caminhos adaptados)
  • Banheiros
  • Bebedouros
  • Bicicletário
  • Próximo ao parque existem ciclovias e/ou faixas compartilhadas que tornam segura a visita para ciclistas
  • No interior do parque existe uma faixa compartilhada para bikes, caminhadas e corridas
  • Estações para aluguel de bikes próximas ao parque (mais informações em BikeRio)
  • Bancos, cadeiras ou locais para descanso, algumas inclusive com mesas
  • Existem algumas opções de quiosques, lanchonetes, restaurantes próximos ao parque
  • Próximo ao parque existem algumas opções de comércio (farmácias, lojas, mercados, etc)
  • O parque está localizado próximo a região de hotéis, hostels, pousadas e acomodações em geral
  • A segurança no entorno do parque geralmente é boa
  • A segurança no interior do parque é feita pela Guarda Municipal e geralmente é boa
  • A sinalização dos espaços é boa
  • Telefone público no local ou proximidades
  • Um bom local para levar crianças, pois oferece várias opções de diversão incluindo parques infantis
  • Fácil acesso com a utilização de transporte público
  • O parque dispõe de estações para exercícios
  • Áreas para piqueniques no interior do parque
  • O parque possui algumas trilhas planas para caminhadas ou corridas, todas seguras e dentro dos limites do parque

pontos negativos
  • O parque não conta com um quiosque/lanchonete/restaurante no seu espaço interno
  • Não oferece visitas guiadas/mediadas
  • Não existem opções de Caixas Eletrônicos e Bancos no entorno do parque

restrições
  • Não é permitida a entrada de animais domésticos
  • Não é permitido fotografia ou filmagens profissionais dentro do parque sem prévia autorização
  • É proibido nadar na Lagoa de Marapendi

o que fazer
  • Caminhadas nas trilhas planas do parque
  • Apreciar os jacarés, capivaras e demais animais no parque
  • Levar as crianças para se divertir no pequeno parque infantil
  • Apresentar aos pequenos a sala de exposições de animais e as outras várias atividades do Centro de Educação Ambiental (CEA)
  • Piqueniques com a família e amigos
  • Passar uma agradável tarde em contato com a natureza
  • Se exercitar nos equipamentos para ginástica ao ar livre

onde estacionar
  • Vagas públicas ao longo da R. Agenor Rabello e proximidades. Veja mais informações como valores, dicas e sugestões em RioRotativo.
  • Estacionamento gratuito no local

Atenção: Este site não se responsabiliza por quaisquer problemas ou danos ocasionados no veículo estacionado nos locais aqui indicados, públicos ou particulares, seja por novas regras, exigências ou alterações (incluindo, mas não se limitando, a extinção de vagas ou estacionamentos públicos) que a Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro venha a fazer, ou que sejam causados por terceiros. As informações aqui expostas servem somente para efeitos de planejamento devendo ser verificadas no local quando necessárias, inclusive as regras de estacionamentos particulares.

como chegar
  • Veículos particulares
  • Bicicleta
  • Táxis
  • UBER
  • Ônibus (linha regular - para mais informações consulte o site www.vadeonibus.com.br)

história e mais informações

A história do Parque Natural Municipal de Marapendi ilustra bem o que ficou conhecido como a criação de “Parques de Papel”, os quais durante muito tempo foram apenas uma sucessão de leis e decretos, sem nenhuma correspondência com a realidade local.

Em 1959 foi criada a Reserva Biológica de Jacarepaguá compreendendo o Complexo Lagunar de Jacarepaguá, além de 2,1 km de praia. Passaram-se quase 20 anos até 1978, quando o Prefeito transformou a Reserva Biológica de Jacarepaguá em Parque Zoobotânico, com cerca de 480 mil m², sendo esta data considerada como o marco da criação do Parque de Marapendi, na extremidade Oeste da Lagoa de Marapendi. Decorreram mais 10 anos sem que nada de significativo acontecesse. Somente com a subordinação do Parque Zoobotânico de Marapendi à Fundação Parques e Jardins - da SMAC – Secretaria Municipal do Meio Ambiente - foram implantados alguns equipamentos como a sede do Parque, o laboratório de pesquisa, um Centro de Referência em Educação Ambiental e um local para recreação infantil. A área foi cercada e foram abertas trilhas para caminhadas.

Já em 1991, sob o governo Marcello Alencar, foi criada a Área de Proteção Ambiental -APA do Parque Zoobotânico de Marapendi, unificando áreas que antes eram protegidas por legislações fragmentadas: as restingas eram protegidas por Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA; as dunas por legislação federal, estadual e municipal; e o espelho d'água da Lagoa de Marapendi e o Parque Zoobotânico eram Áreas de Preservação Permanente - APP. A APA Marapendi abrangia 9,2 milhões m², incluindo 3,6 milhões m² de lagoa.

A Regulamentação da APA do Parque de Marapendi, em 1993, instituiu seu zoneamento ambiental e definiu quais usos seriam permitidos ou proibidos ali, caracterizando áreas de Vida Silvestre (ZPVS e ZCVS) e áreas de Ocupação Controlada (ZOC’s 1, 2 e 3). Nas ZPVS ficavam vedadas atividades que provocassem alteração antrópica da biota e impedissem ou dificultassem a regeneração natural de vegetação nativa. Nas ZCVS seriam permitidas atividades de caráter científico, manejo e controle ambiental, de recreação e de lazer, admitindo-se apenas construções de apoio a essas atividades. Nas Zonas de Ocupação Controlada – ZOC as construções foram permitidas, mas seguindo os parâmetros específicos fixados para as subzonas 1 (próxima à Av. das Américas, destinada a edifícios), 2 (na margem norte da Lagoa, destinadas a clubes) e 3 (na restinga entre a Lagoa e a praia, destinadas a restaurantes e hospedagem).

Durante o processo de expansão da Barra da Tijuca, alguns empreendimentos imobiliários desenvolvidos em terrenos que se situavam entre a Avenida das Américas e a Lagoa de Marapendi foram aprovados, tendo como condição a doação ao Município de áreas situadas na margem da Lagoa. O Prefeito Cesar Maia, em 2005, incorporou ao Parque de Marapendi todas as áreas públicas ao norte da orla da Lagoa de Marapendi que totalizavam cerca de 1,2 milhões m². Assim, a margem norte da Lagoa passou a ser ocupada por um grande Parque - salvo algumas interrupções relativas a áreas particulares -, com superfície total da ordem de 1,6 milhões m².

Mas nos anos que se seguiram nada foi feito para que o Parque de Marapendi, ampliado significativamente, fosse consolidado. Até mesmo o cerramento da área continuou a abranger apenas a área original do Parque, que passou a denominar-se Parque Natural Municipal de Marapendi.

O “Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro”, aprovado em 1992, fixava, para a Baixada de Jacarepaguá, diretrizes de uso e ocupação do solo e deveria sofrer uma revisão em 2002. Somente em 2011, depois de 10 anos de debates, essa revisão foi concluída, instituindo o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro. Dentre os objetivos consagrados por essa Lei, destaca-se:
'Criação de parques urbanos nas orlas das lagoas e no entorno das encostas, efetivação da implantação do Parque Natural Municipal de Marapendi e adoção de critérios para a ocupação das ilhas das lagoas da Baixada de Jacarepaguá'.

A estreita faixa de terreno que separa a Lagoa da Av. Lucio Costa, junto ao mar, formada por lotes de propriedade particular, integrava a APA Marapendi, mas não o Parque. Esses terrenos foram classificados no zoneamento da APA como Zonas de Vida Silvestre ou de Ocupação Controlada. Nos locais onde a ocupação foi permitida (ZOC-3) os parâmetros para uso do solo foram estabelecidos de forma rigorosa, limitando seu uso para balneários, bares, restaurantes e hospedagem. Durante mais de 10 anos esses parâmetros tornaram economicamente desinteressantes as construções na área que foi, no entanto, degradada com a proliferação de vários estacionamentos irregulares.

Os interesses imobiliários movimentaram-se intensamente até que um projeto de Lei Complementar foi apresentado na Câmara de Vereadores e aprovado de forma urgentíssima, em 2005, flexibilizando os parâmetros de construção. O Prefeito vetou integralmente o Projeto, o qual foi, no entanto, promulgado pela Câmara. Numa das ZOC’s 3, na extremidade leste da restinga (Lote 27), foi admitida a construção de hotel e apartamentos com gabarito de 5 andares, viabilizando o projeto do Grupo Hyatt. Nas demais ZOC’s 3 o gabarito passou para 3 pavimentos mas seus proprietários começaram a pressionar para conseguir uma nova liberação. Surgiram reações populares contrárias, pois a facilidade com que foram modificados os parâmetros vigentes durante 14 anos poderia estimular novas alterações.

Como um dos empreendimentos previstos dera início às obras com o desmatamento de áreas protegidas, antes que fosse concedida uma licença o Prefeito Eduardo Paes, em 2011, transformou a faixa de terreno entre a Lagoa de Marapendi e a praia (exceto o Lote 27, terreno do Hotel Hyatt), com cerca de 1,8 milhões m², no Parque Natural Municipal (PNM) da Barra da Tijuca, proibindo o licenciamento de qualquer construção no local. Aos proprietários de terrenos seria dado o direito de construir em outro local. A APA Marapendi passou assim a contar com mais um Parque em seu interior, além do PNM Marapendi.

Para superar as dificuldades surgidas por ter sido o Parque criado por Decreto e não por Lei o Prefeito encaminhou à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei Complementar, formalizando a instituição de uma Operação Urbana Consorciada para transferência do potencial construtivo. Esse PLC foi aprovado pela Câmara de Vereadores somente em 2013.

A transformação da faixa entre a Lagoa e a praia em Parque é um passo adiante no processo de viabilização do uso da APA Marapendi. A solução ideal seria, no entanto, a anexação da área do novo Parque - cuja área é de 1,8 milhões de m² -, ao Parque de Marapendi - de 1,6 milhões de m² -, que passaria assim a abraçar toda a Lagoa de Marapendi.

http://urbecarioca.blogspot.com.br/ (Pedro Paulo Da Poian)

o que fazer depois