O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) foi inaugurado em 1996 e nasceu de mais um dos muitos e ousados projetos de Oscar Niemeyer. Por seu formato único e sua perfeita localização não demorou para se tornar símbolo desta cidade da região metropolitana do Rio de Janeiro. Entre a elaboração e construção, a obra levou cinco anos para ser concluída.
Localizado em um mirante que descortina a beleza cênica da Baía de Guanabara com o desenho da cidade do Rio como pano de fundo, o Museu tem formato de cálice e estrutura em concreto armado. São 16 metros de altura, uma base cilíndrica de 9 metros de diâmetro que sustenta todo o prédio e um espelho d'água com 817 m² de superfície e 60 centímetros de profundidade, compondo uma paisagem de tirar o fôlego.
Para o toque final, uma grande rampa externa conduz o visitante aos pavimentos superiores, através de 98 metros de curvas livres no espaço.
Apesar de não ser uma atração localizada na cidade do Rio, objetivo maior deste site, sua proximidade, beleza e importância merecem o destaque e, principalmente, sua visita.
Dica: um dos pontos de destaque carioca visto do mirante é o Pão-de-Açucar, ao subir a rampa do Museu observe a paisagem e as curvas do Museu e aprecie a perfeição da obra do inigualável Oscar Niemeyer.
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Foi num dia ameno de maio, 1991. Eu acompanhava o arquiteto Oscar Niemeyer e o prefeito Jorge Roberto Silveira, procurando na orla marítima um terreno adequado ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Mas no meio do caminho, no mirante da Boa Viagem, já era evidente que o destino acertara. Seria ali o museu que ainda não tinha forma, mas nascia com invencível vocação de ser.
O prefeito, que não era de meias medidas, encarregara-me de convidar Oscar Niemeyer, ver se ele queria fazer um museu de arte contemporânea em Niterói. Fui a Anna Maria e falamos com Oscar. Toda a pequena história dos cinco anos que se seguiram é, aliás, marcada por essa mágica e feminina presença: uma intuição rara e sensível, sua participação foi de uma competência tão constante e discreta que parece implícita, e é tempo de registrar. Porque João e Sylvia Sattamini entram no MAC com a coleção, e sua generosidade inteligente já se integra ao sucesso do museu. E os críticos e curadores, crentes da próxima hora, têm o resto da vida para animá-lo.
No dia 15 de julho, o Arquiteto e o Prefeito apresentaram à imprensa o anteprojeto arquitetônico: belo e absolutamente surpreendente, já resolvido, na escala paisagística e na forma-estrutura de concreto armado, com apoio central – aflorando do espelho d’água que é um eco do mar – como um firme caule que se abre em flor, chama, cálice? Para conter as salas de trabalho, o nobre e vasto salão de exposições, a varanda belvedere a toda a volta e os seis setores do mezanino, onde o ritmo das vigas protendidas em balanço de 11 metros e a penumbra museológica lembram paradoxalmente a calma de criptas milenares.
A obra foi inaugurada no dia 2 de setembro de 1996. Alguns anos de história e já os fatos e personagens intermediários – embora fundamentais – vão se esbatendo sob a sombra dos protagonistas maiores: o MAC é criação e decisão do arquiteto Oscar Niemeyer e do prefeito Jorge Roberto Silveira. A história crítica sempre se funde com a história monumental ou mítica, guardando-se o resto na história que Nietzsche chamava de antiquária. Mas nesses recantos de memória, ainda lembro o dia – era secretário da Cultura de Niterói – em que fui procurado por Anna Maria Niemeyer, amiga de toda a vida, e pelo colecionador João Sattamini, acompanhados pelo agressivo artista, mas civilizadíssimo curador da coleção, o pintor Victor Arruda. O famoso colecionador queria condições favoráveis para doar à nossa cidade a sua coleção de obras de arte contemporânea brasileira – a maior do país no setor. Pensavam em reformar prédios antigos, a meu ver mal localizados para a evolução urbana, já então incessante, de Niterói.
Fonte: www.macniteroi.com.br